Caros amigos
A Nação brasileira tem sido vítima de uma inteligente estratégia de construção de um pensamento hegemônico, batizado de “politicamente correto”. A partir da escola e da mídia, ela invade nossos lares, buscando intimidar-nos e acovardar-nos, rotulando de retrógrados e maçantes todos aqueles que, ao não se permitirem a contaminação, insistem em contrapor-se ao processo.
Trata-se da criação e da difusão de interpretações uniformes e convenientes de idéias e fatos, fazendo com que as pessoas aceitem como corretas apenas as versões apresentadas pelos que têm o cinismo e o poder para disseminá-las. É a massificação do conhecimento, de forma a tornar mais cômodo pensar como querem seus ativistas, porque este passa a ser o “pensamento de todos”.
Contrapor-se a uma mentira convenientemente plantada, procurar e comprovar a verdade, mesmo que ela esteja saltando aos nossos olhos e gritando à nossa consciência, deve tornar-se tarefa cansativa, infrutífera e enfadonha, de forma a inibir quaisquer iniciativas ou manifestações de desagrado ou desacordo, e, ao mesmo tempo, valorizar esfarrapadas, mas “simpáticas”, falsidades em detrimento da “desagradável” realidade.
Fica, assim, mais fácil aderir e render-se à mentira ou à postura recomendada do que impor-se a elas. Passa a ser mais conveniente e socialmente apropriado não ferir a sensibilidade dos mentirosos ou dos hipócritas, porque isto poderá atrair a sanha destruidora dos intelectuais orgânicos, ou seja, dos cretinos encarregados da difusão da versão “politicamente correta”, ou oportunista, dos fatos e das idéias.
Essa estratégia, que aprisiona e inibe sentimentos e manifestações, tem o poder de transformar heróis em bandidos, orgulho em vergonha, triunfo em derrota! Ela tem obrigado à escolha cuidadosa de palavras e meios para descrever a verdade, não por imposição dos bons costumes ou da convivência e da harmonia social, mas para prevenir as retaliações dos encarregados de ridicularizá-la e reprimi-la.
A omissão e o retraimento passaram a ser as atitudes esperadas e, supostamente, recompensadas para os que, mesmo podendo contrapor-se ao discurso e às atitudes do “intelectual coletivo”, com ele convivem em falsa harmonia, “pisando em ovos” para não despertar-lhe a ira.
O próprio Antonio Gramsci, mentor da hegemonia do pensamento, condena esta atitude: “Odeio os indiferentes. Acredito que viver significa tomar partido. […]. Quem de verdade existe e vive não pode deixar de ser cidadão e partidário. Indiferença é abulia, parasitismo, é covardia!”
É tempo e é preciso, portanto, que os brasileiros de bem e, principalmente, as Instituições Nacionais, constitucionalmente comprometidas com a defesa do Estado e dos fundamentos democráticos, ocupem seus espaços e vençam a indiferença! É preciso reagir, com as armas da liberdade e da verdade, enquanto há tempo, para criar obstáculos à conveniência e à submissão totalitária à uma mentira que nos quer aprisionar a partir das mentes e das consciências, criando instituições e cidadãos abúlicos, parasitas e covardes!
General, o senhor poderia escrever algo sobre a possível eleição de Marina e como as FFAA vê isso? Eu, por minha vez, que acabei de ler algumas coisas do programa de governo dela, fico com mil pulgas atrás da orelha. O programa fala completamente em garantir todos os direitos da lgbt e legalizar abortos, de certa forma não sou de total contra à isso, mas, as FFAA talvez possa ter ressalvas. Outra coisa ruim no programa é a questão da Segurança, em nenhum momento ela fala sobre uma reforma no sistema penitenciário, aumento da punição, ou redução à maioridade penal.
Gostaria de saber a posição do senhor e das FFAA a respeito da possível e provável eleição de Marina Silva,
Caro Lucas, embora, aparentemente, as eleições estejam polarizadas entre Dilma e Marina, acho cedo para concluir. Creio que mais duas semanas devem ser dadas ao jogo antes de definir a jogada. Até lá, e sempre, julgo que o nosso principal objetivo deve ser o de tirar o PT da zona de conforto. Se for a Marina a opção, devemos ser, como já disse um jornalista, “Marina, até a eleição”. Depois passamos às cobranças e à oposição.
Quanto às FFAA, tenho a lhe dizer que elas estão, como sempre estiveram, atentas ao que ocorre no Brasil, menos participativas na arena política do que eu gostaria que estivessem, mas alertas para o que está a acontecer, vigilantes ao Brasil, “cuja honra, integridade e instituições juraram defender com sacrifício da própria vida”! Apenas isto!
Os brasileiros que amam a sua pátria, têm de se posicionar de maneira a não deixar destruí-la e desacredita-la, como o que estamos vendo a inércia e a ação dos corruptos tentar fazer. Acorda Brasil.